A Ansiedade do Regresso à Escola
- anabelacunhapsi

- 28 de jul. de 2023
- 3 min de leitura
Atualizado: 1 de set. de 2023

Setembro, mês de recomeço, de partilha das aventuras do verão, de reencontro com os amigos e com os professores, do cheiro a livros novos misturado com o cheiro a Outono. Emoções à flor da pele no primeiro dia de escola. Pais emocionados e apreensivos com a entrada dos filhos na escola pela primeira vez e filhos que “trocam” os pais pelos amigos, num misto de alegria e medo. Sentimentos ambivalentes rumo à autonomia e independência.
A entrada na escola, seja dos mais pequeninos ou dos mais crescidos gera sempre alguma ansiedade, devido à alteração das rotinas, ao encontro com os amigos e professores, ao conhecimento de pessoas novas, à responsabilidade por mais uma etapa, às expectativas que os pais criam nos filhos e às expectativas das próprias crianças e jovens, etc. A ansiedade é uma emoção natural que faz parte do ser humano. Prepara-nos para a ação e permite-nos proteger dos perigos. Normalmente essa ansiedade surge antes de determinado acontecimento importante, mas depois desaparece. Trata-se de uma ansiedade adaptativa. Noutros casos, a ansiedade pode ser desajustada e causar um grande sofrimento. Se essa ansiedade gera um medo persistente, exagerado e desproporcional ao estímulo ou situação e se interfere no funcionamento diário da criança/jovem, estamos perante uma ansiedade patológica.
É fundamental que os pais e cuidadores estejam atentos, nos dias que antecedem o regresso à escola, para perceberem se existem alterações comportamentais ou emocionais significativas. Algumas crianças conseguem falar claramente sobre o que as preocupa, enquanto outras, devido à sua dificuldade em gerir as emoções e pensar sobre si, têm mais dificuldade e acabam por manifestar alterações comportamentais, emocionais ou físicas. Alguns sinais de alerta são:
- Agressividade
- Irritabilidade
- Inquietação
- Choro fácil
- Tristeza
- Apatia
- Dificuldades de concentração
- Dores físicas (cabeça, barriga, peito, ouvidos)
- Enurese (fazer chichi na cama)
- Tonturas
- Perda ou aumento de apetite
- Alterações no sono
- Recusa em falar da escola
Estes são apenas alguns dos sinais de alerta mais frequentes, mas cada criança é única e pode manifestar a ansiedade de forma diferente. É fundamental o papel do adulto para conseguir ajudar a criança a compreender o que se passa com ela.
Se os sintomas forem muito intensos e persistentes significa que há algo de errado com a criança/jovem e que é preciso pedir ajuda!

Algumas dicas que pais e crianças podem utilizar para ajudar a diminuir a ansiedade no regresso às aulas:








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